
Mariana Lopes, 18 anos, canceriana, nordestina nascida em Mossoró/RN.
Tenho crescido muito nos últimos
momentos. É mais difícil do que parece, mas estou tentando aprender com os meus
próprios erros e tirar de cada situação, seja ela boa ou ruim, uma lição. Isso
se torna mais difícil ainda pra mim porque não sou uma garota que... Como
dizem? Vive intensamente! Curto deitar numa rede, ler um livro, escutar música
e dormir. Adoro sentar no sofá da sala, ou até mesmo na calçada que eu não tenho,
e papear com amigos até a hora que der. Passou a minha fase de querer programas
agitados todos os finais de semana. E quanto se pode tirar de lição de momentos
como esses? Pois é, muitos. E é isso que torna as coisas mais difíceis.
Cursei todo o ensino fundamental
em escola particular, mas desde o primeiro ano que estudo em escola pública. Federal,
na verdade. É, faz diferença e eu me orgulho disso. Me orgulho muito porque
desde que entrei no IFRN passei a enxergar coisas que eu nem cogitava antes.
Entendi que o meu mundo era pequeno demais se comparado ao mundo da maioria.
Devo dizer que essa foi uma das melhores escolhas da minha vida? Com certeza.
Sou taxada. Sempre me disseram
que eu era uma menina meiga e muito bondosa, e isso, de certa forma, me
revoltou um pouco. Hoje eu fico super alegre quando me dizem que eu não sou
mais a mesma de antes. Afinal, quem quer ser o mesmo pra sempre?
Tenho me achado um pouco metida
ultimamente, mas eu gosto disso. Tenho a impressão de que isso irá me gerar
bons frutos futuramente. Também acho que
estou me importando menos com o que as pessoas falam de mim. Sabe, não ignoro
tudo o que falam a meu respeito, mas aprendi a penerar bem cada palavra que se
refere a mim.
Quanto ao meu lado “escritora”,
bem, ele não existe muito, leio melhor do que escrevo. Mas acredito que a leitura
abre a nossa mente e com o passar do tempo vai ficando meio impossível de
conter com textos feitos apenas por outras pessoas. A cabeça começa a ficar
muito cheia de ideias e manter tudo guardado torna-se difícil. A gente passa a
querer expor tudo aquilo que nos vem à mente, todas as opiniões, sentimentos,
momentos, até que a gente explode. Uma representação da minha explosão mental é
o blog, onde não se encontra tudo que está na minha mente, mas muita coisa que
já esteve nela.